quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Gafanhoto vai para túnel de vento para inspirar microrrobôs voadores


O famoso "paradoxo do besouro," que afirma que os insetos desobedecem as leis da aerodinâmica, e que alguns deles nem mesmo poderiam voar, está definitivamente morto. Quem garante é o Dr. John Young, da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, afirmando que a moderna aerodinâmica já é capaz de modelar com precisão o voo dos insetos.

Recentemente, um grupo de pesquisadores alemães criou um simulador de voo para moscas, a fim de estudar seu voo e sua visão. Pesquisadores holandeses também se inspiraram nas moscas para concluir que microrrobôs voadores serão mais eficientes se forem dotados de asas híbridas, um misto de asas que batem e asas que giram.

Gafanhoto no túnel de vento

Já o Dr. Young prefere os gafanhotos. E não é por acaso. Como seu objetivo também é guiar a construção de microrrobôs voadores mais eficientes, ele está interessado em como os gafanhotos conseguem voar distâncias tão grandes, indo de um continente a outro, mesmo dispondo de uma reserva de energia mínima.

Para estudar a eficiência do voo dos gafanhotos, Young e sua equipe construíram um túnel de vento para decodificar os segredos aerodinâmicos desse animal que não possui um desenho assim tão "aerodinamicamente correto" - pelo menos não do ponto de vista da aerodinâmica aplicada aos veículos humanos.

Usando fumaça e câmeras de vídeo de altíssima resolução, os pesquisadores filmaram o voo de inúmeros "gafanhotos-voluntários" no interior do seu túnel de vento.

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