sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Carro mais rápido do mundo será meio foguete, meio caça


A equipe britânica que trabalha para bater o próprio recorde de velocidade em terra com um carro que ultrapassará os 1.610 km por hora anunciou que o projeto do veículo foi finalizado.

O novo desenho implica em uma reconfiguração dos dois motores do projeto atual, com um motor de um avião Eurofighter posicionado acima de um foguete híbrido.

O carro, conhecido como Bloodhound, vai ser construído na cidade de Bristol, no sudoeste da Inglaterra - veja mais detalhes do projeto em A ciência por trás do carro mais veloz de todos os tempos.

Pista dura para rodas de metal

A equipe espera iniciar testes com o carro na região conhecida como Hakskeen Pan, na província Northern Cape, na África do Sul, em 2011. O local, o leito de um lago que secou, tem a superfície ideal para os objetivos da equipe, segundo o piloto do Bloodhound, Andy Green.

"(O terreno) é duro o suficiente para suportar um carro de seis toneladas sobre rodas de metal, mas macio o suficiente para permitir que as rodas afundem talvez 10 mm", disse Green à BBC.

"Isso permite a estabilidade, ou resposta, de que precisamos, mas também me dá a aderência lateral que me permite pilotar o carro em velocidades lentas e médias", o piloto explicou.

"Em velocidades altas, isso não é importante, porque as partes da roda que se projetam para fora a partir do piso do carro funcionam como um leme eficiente."

Inspiração para crianças

Andy Green, que é piloto da força aérea britânica, detém o atual recorde mundial de velocidade em terra, conquistado em 1997 pilotando o Thrust SSC, um carro a jato que alcançou 1.228 km por hora.

Acompanhado pela equipe que o ajudou a estabelecer o recorde atual, ele está retornando agora para tentar superar sua própria marca, em um projeto com um pesado suporte de tecnologia e de engenharia.

O grupo disse esperar que a luta para ultrapassar a marca dos 1.610 km por hora sirva como inspiração para crianças que sonham seguir carreira em ciência e tecnologia.

Turbina e foguete auxiliar

O projeto do novo provável carro mais rápido do mundo foi anunciado em outubro de 2008. Desde então, a equipe vem trabalhando para finalizar o desenho do carro.

O plano original era posicionar um foguete pequeno, de 200 kg, sobre uma turbina do avião Eurofighter Typhoon EJ200, de uma tonelada, emprestado à equipe pelo Ministério da Defesa britânico.

Mas, à medida que a equipe trabalhava no modelo, ficou claro que o carro precisaria de uma propulsão maior: um foguete de 400 kg. A mudança, por sua vez, introduziu instabilidades que só poderiam ser resolvidas com uma inversão nas posições dos dois motores.

"Invertemos a arquitetura do foguete e do motor a jato", disse John Piper, o projetista-chefe da equipe. O poder de propulsão do carro será equivalente ao de 180 carros de Fórmula 1 juntos.

Com o projeto finalizado, agora o carro pode ser construído.

Coberturas Verdes



As coberturas verdes contribuem para a sustentabilidade ecológica do ambiente urbano. São constituídas por um sistema de engenharia ligeiro que permite a plantação e crescimento de plantas e flores sobre uma laje convencional. Este é um sistema integrado por seis camadas sobrepostas ao telhado do edifício, para assegurar um correcto isolamento, quer para a integridade dos materiais de construção, quer para a vida do reino botânico que acolhe.



A vegetação adequada para as coberturas verdes é escolhida em função das condições climáticas próprias de cada cidade e das características físicas do edifício. Em geral, ainda que se concebam coberturas verdes com vegetação caduca ou perene, consideram-se ideais aquelas espécies cuja altura é baixa, que crescem e se expandem com rapidez, com alta resistência à seca e carentes de necessidades especiais de irrigação ou nutrição. A Alemanha conta já com mais de treze milhões de metros quadrados de coberturas verdes e segundo uma normativa do governo municipal de Tókio, todos os edifícios construídos depois de 2001 cuja cobertura tenha extensão superior aos 1000 m2, deverão converter em ‘verde’ pelo menos 20 % de sua superfície.



Suíça, Áustria, Grã-bretanha, Hungria, Holanda, Suécia e Estados Unidos (ver abaixo) são alguns dos países onde já se promove e se regula a instalação de coberturas verdes mediante iniciativas locais oficiais, muitas vezes em cooperação com entidades privadas, a fim de integrar nas construções urbanas as propriedades vegetais deste sistema. Projectos recentes de coberturas verdes são acessíveis ao público, oferecendo-as como espaço de descanso e lazer ao ar livre para os vizinhos de um imóvel ou como parque urbano, sem que diminuam o potencial de ferramenta ecológica. Dois bons exemplos da incorporação activa de uma cobertura verde na dinâmica cultural da cidade são o Jardim Botânico Augustenborg , que oferece um jardim de 9500 m2 sobre a superfície da cobertura de diferentes edifícios municipais da cidade sueca de Malmö, e o Millenium Park de Chicago, uma cobertura verde intensiva que reabilitou uma importante área da cidade e actualmente constitui um de seus principais centros lúdicos.

Vantagens para o meio-ambiente:

1. Combate o efeito albedo ou efeito ilha de calor urbano, fenómeno responsável pelo incremento de temperatura dentro do perímetro de uma cidade devido ao aquecimento que produzem os gases de veículos e aparelhos de ar-condicionado, assim como pela energia solar absorvida pelas superfícies urbanas, depois irradiada à atmosfera como calor.
2. Melhoria da qualidade do ar na cidade devido à capacidade das plantas e árvores para absorver as emissões de CO2.
3. Reduz a incidência de ventos.
4. Filtra o ar absorvendo partículas de pó até 85%.
5. Provoca uma redução das águas pluviais até 70%, e consequente redução da pressão nos esgotos da cidade.
6. Proporcionam espaços agradáveis à vista, com possibilidade de uso para lazer, a nível público (jardim ou parque urbano), ou para os vizinhos de um imóvel, ou para os trabalhadores de uma empresa.
7. Aumenta os espaços de habitat para pássaros e borboletas.

Vantagens para o edifício:

1. Maior longevidade do telhado (estimativa de 40 anos contra os 10/15 das coberturas planas tradicionais)
2. Aumento da eficiência energética nos edifícios pelas suas propriedades isolantes, reduzindo assim os custos de aquecimento e refrigeração sem necessitar de isolamento térmico (ROOFMATE).
3. Melhoria da acústica do edifício.

Desvantagens:

1. Sistema construtivo mais caro (mas rapidamente recuperado pela poupança energética).

Cultivo do umbu gigante garante renda para agricultores familiares



A cultura do umbu vem se destacando como boa alternativa econômica para a
produção familiar do semiárido baiano. - Foto: SEAGRI JFH

A cultura do umbu vem se destacando como boa alternativa econômica para a produção familiar do semiárido baiano. Para garantir o cultivo do fruto no período da seca, a Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), através da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A (EBDA), tem investido em pesquisas e assistência técnica. Atualmente, estão sendo realizadas pesquisas nos municípios de Brumado, Dom Basílio e Livramento de Nossa Senhora, beneficiando dezenas de famílias. Técnicos da EBDA têm voltado à atenção para os umbus gigantes, que são de quatro a cinco vezes maiores que os frutos tradicionais, e possuem notável potencial para cultivo comercial.
O extrativismo de umbuzeiro é uma atividade importante na geração de renda para agricultores familiares de vários locais do semiárido, e esse tipo de umbu “gigante” cultivado favorece a implantação de uma fruticultura de sequeiro, que pode ser utilizada também para reflorestar o ambiente da caatinga, enriquecendo a vegetação com uma planta nativa capaz de reduzir os efeitos da degradação da região. Aliado a isto, a atividade apresenta um custo de produção baixíssimo, e todo o processo tecnológico de preparo das mudas de qualidade e o de manejo cultural da planta podem e devem ser executados pelos agricultores familiares, após serem capacitados.
Para o diretor de Agricultura, Hugo Pereira, a Empresa tem buscado criar formas de preservação e manutenção do umbuzeiro e principalmente da caatinga, o que vem refletir nas ações de produção e distribuição de mudas de umbu gigante aos agricultores familiares do semiárido. “Nossa meta é, até o final do período chuvoso, que se estende até meados de abril, distribuir mais de 4 mil mudas da fruta produzidas pela Embrapa Semiárido e EBDA, visando ao cultivo econômico” concluiu o diretor.
O umbuzeiro é uma planta nativa e altamente adaptada a condições climáticas não muito favoráveis, e produz um fruto exótico e competitivo no mercado frutícola. Essas plantas atingem peso entre 70 e 120 gramas, bem acima da média, e com bons níveis de brix (qualidade do sabor da fruta). A EBDA possui um banco genético dessas plantas, chamado de Germoplasma, que tem por objetivo preservar a espécie e multiplicar material genético de qualidade para produção de mudas.