terça-feira, 7 de dezembro de 2010

técnicas de fazer fogo

Fogo por atrito em placa
Essa técnica requer paciência e muita determinação, mas funciona bem.
  • Encontre uma peça de madeira macia com cerca de 45 cm de comprimento e 5 cm de largura que servirá como placa de atrito. Salgueiros e álamos fornecem boa madeira para isso e é fácil encontrá-los perto de rios e lagos.
  • Escave uma ranhura de 2,5 cm de largura e de 15 a 20 cm de comprimento no centro da placa, a cerca de 5 cm de qualquer das duas pontas. Use uma faca ou uma pedra afiada.
  • Encontre um graveto de madeira sólida para gerar o atrito. O comprimento da peça deve ser de cerca de 30 cm e uma das extremidades precisa ser pontiaguda.
  • Coloque a placa no chão e insira o graveto na ranhura.
  • Mova o graveto para frente e para trás ao longo da ranhura com pressão moderada, a fim de criar pequenas porções de serragem.
  • Quando houver um volume suficiente de serragem, eleve a ponta da placa e a apóie no joelho. A serragem se acumulará na ponta mais baixa da ranhura.
  • Esfregue a ranhura o mais rápido possível com o graveto, exercendo pressão forte, até que a serragem se inflame. Assopre lentamente o material inflamável até conseguir uma chama que você possa usar para iniciar a fogueira.
Fire plow.

Fogo por arco
Trata-se de outro método de fricção que requer algum tempo de aperfeiçoamento. Os itens a seguir serão necessários.
  • Soquete - pedra lisa, do tamanho da mão, com uma ligeira depressão de um lado.
  • Broca - uma vara de madeira rígida e forte, com cerca de 30 cm de comprimento e de 3 a 5 cm de diâmetro.
  • Placa base - uma placa lisa de madeira macia com cerca de 30 cm de comprimento, 15 cm de largura e 2 cm de espessura.
  • Arco - uma vara flexível de madeira verde com cerca de 2,5 cm de diâmetro e de 45 a 60 cm de comprimento.
  • Cordão - cordões de sapatos servem perfeitamente
Depois de reunir o material, é hora de acender o fogo.
  • Crie uma depressão pequena e arredondada no centro da placa base.
  • Faça um corte em V apontando para baixo no centro da placa, de forma que ele se alinhe com a depressão.
  • Dobre o arco em forma de meia-lua e o amarre com os cordões de sapatos.
  • Posicione a placa no chão e uma pequena quantidade de material inflamável sobre o corte em V.
  • Segure a placa com o pé para propiciar estabilidade e posicione o arco em torno da broca, apoiada na depressão central da placa.
  • Coloque o soquete sobre a broca, pressione moderadamente e acione a broca com movimentos repetitivos do arco. Isso fará com que a broca gire e criará um pó preto e quente que cairá sobre o material inflamável. Em pouco tempo, surgirão chamas e você poderá transferir o material inflamável aceso para o local da fogueira.
Bow and drill.
Fogo usando gelo
A técnica é uma variação do método que usa uma lente de aumento, no caso substituída por gelo.
  • Encontre ou faça uma lente esférica de gelo com cerca de 5 a 7 cm de espessura em sua porção central. O gelo precisa ser transparente para que o método funcione. Caso você tenha uma panela, use-a para congelar água.
  • Remova as porções turvas do gelo e apare o gelo em formato redondo e abaulado como uma lente de aumento.
  • Use o calor de suas mãos para alisar o gelo - quanto mais liso, melhor.
  • Obter gelo transparente é o grande desafio da técnica e não existe método garantido. O gelo de lagos e rios tem mais chance de ser transparentes.
  • Assim que você tiver dado forma à sua lente, use o sol para concentrar um ponto de calor no material inflamável. Caso o calor não baste para inflamar o material, continue trabalhando para dar o formato correto à sua lente. 
Com uma lata e chocolate
Este método só dá certo em dias de sol forte. A base da lata funciona como um espelho côncavo. É preciso polir o alumínio, esfregando um pedaço de chocolate e depois um pano até o fundo da lata ficar bem brilhante. Aí você deve posicionar o material inflamável – algo como um palito com capim seco na ponta – no ponto focal, onde os raios refletidos convergem. Para localizar esse ponto, é recomendável usar óculos escuros, tanto para a proteção dos olhos quanto para reduzir a luminosidade do ambiente.


Com água e um plástico transparente
Junte as pontas do plástico, formando um saco que deve ser preenchido com um pouco de água que você tiver, por exemplo, num cantil. Aqui também o sol é essencial: o saco d’água vai funcionar como uma lente para concentrar os raios e incendiar sua "isca": materiais como palha, capim seco, estopa ou casca de árvore. 



segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Porque jipes são ótimos?





1º Seu consumo é quase o mesmo de carros convencionais.
2º Quem dirige jipe com certeza sempre termina querendo um pra si.
3º A mecânica é robusta, muito difícil de quebrar.
4º Você quase que nunca vai atolar em algum lugar, visto que são todos 4x4.
5º A potência desse tipo de carro é alta.
6º Mulheres geralmente não gostam desse tipo de carro por ele ser alto, porém acham que homens que os guiam são atraentes por serem mais despojados e aventureiros.
7º Geralmente são a Diesel que é mais barato e se usando o biodiesel a emissão de poluentes é neutra.
8º Tem um visual muito bonito e agressivo ( Quase todos ).
9º Vem com adaptações de todo tipo de fábrica, para todo tipo de carga ou reboque.
10º É mais que um carro é brinquedo de adulto nas trilhas.
11º Num alagamento, ele continua funcionando normalmente.
12º Sua mulher nunca vai pedir pra usá-lo pra levar as crianças na escola.(Para isso que existem os merivas, livina, fit e etc)
E por fim a melhor:
13º VAI A QUALQUER LUGAR QUE UMA FERRARI VAI, MAS NENHUMA VAI ATÉ ONDE ELE VAI !!

Prova disso tá aqui :

domingo, 5 de dezembro de 2010

Um galo sozinho não tece uma manhã. Nos versos cheios de sabedoria de João Cabral de Melo, ele precisará sempre de outros galos


Estávamos a conversar no alto da pedra furada em Venturosa-PE, e um galo cantou umas 10:30, então surgiu a questão: como eles sabem a hora de cantar? Quem é que começa? e meu amigo Diogo deu explicação que é quase a mesma desses versos de João Cabral de Melo Neto. Espero que gostem !
 
Tecendo a manhã

Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.

E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.

João Cabral de Melo Neto
(1920-1999)