segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O que fazer em caso de acidente com animais venenosos

PRIMEIROS SOCORROS:
Hidrate a vítima com gloes de águaEleve o local afetado
▲ Lavar o local da picada apenas com água ou     com água e sabão;
▲ Hidrate a vítima com goles de água
▲ Eleve o local afetado
▲ Levar a vítima imediatamente ao
    serviço de saúde mais próximo
  
Não corte ou fure o local da picadaNão faça torniquete
▲ Não corte ou fure o local da picada▲ Não faça torniquete
TIPOS DE ACIDENTES:

Acidentes por cobra


Acidente botrópico (causado por serpentes do grupo das jararacas): dor e inchaço no local da picada, às vezes com manchas arroxeadas e sangramento pelos orificios da picada; sangramentos em gengivas, pele e urina. Pode evoluir com complicações como infecção e necrose na região da picada e insuficiência renal.

Acidente laquético (causado por surucucu): quadro semelhante ao acidente botrópico, acompanhado de vômitos, diarréia e queda da pressão arterial.

Acidente crotálico (causado por cascavel): no local sensação de formigamento, sem lesão evidente; dificuldade de manter os olhos abertos, com aspecto sonolento, visão turva ou dupla, dores musculares generalizadas e urina escura.

Acidente elapídico (causado por coral verdadeira): no local da picada não se observa alteração importante; as manifestações do envenenamento caracterizam-se por visão borrada ou dupla, pálpebras caídas e aspecto sonolento.

Convém lembrar que serpentes não peçonhentas também podem causar acidentes e que nem sempre as serpentes peçonhentas conseguem inocular veneno por ocasião do acidente. Cerca de 40% dos pacientes atendidos no Hospital Vital Brazil são picados por serpentes consideradas não-peçonhentas ou por serpentes peçonhentas que não chegaram a causar envenenamento.

Acidentes por escorpião

Os escorpiões de importância médica estão distribuídos em todo o país, causam dor no local da picada, com boa evolução na maioria dos casos, porém crianças podem apresentar manifestações graves decorrentes do envenenamento.

Em caso de acidente, recomenda-se fazer compressas mornas e analgésicos para alívio da dor até chegar a um serviço de saúde para as medidas necessárias e avaliar a necessidade ou não de soro.

Acidentes por aranhas

São três os gêneros de aranhas de importância médica no Brasil:

Loxosceles ("aranha-marrom"): é importante causa de acidentes na região Sul. A aranha provoca acidentes quando comprimida; deste modo, é comum o acidente ocorrer enquanto o individuo está dormindo ou se vestindo, sendo o tronco, abdome, coxa e braço os locais de picada mais comuns.

Phoneutria
 ("armadeira", "aranha-da-banana", "aranha-macaca"): a maioria dos acidentes é registrada na região Sudeste, principalmente nos meses de abril e maio. É bastante comum o acidente ocorrer no momento em que o indivíduo vai calçar o sapato ou a bota.

Latrodectus ("viúva-negra"): encontradas predominantemente no litoral nordestino, causam acidentes leves e moderados com dor local acompanhada de contrações musculares, agitação e sudorese.

As aranhas caranguejeiras e as tarântulas, apesar de muito comuns, não causam envenenamento. As que fazem teia áreas geométricas, muitas encontradas dentro das casas, também não oferecem perigo.

Acidentes por taturanas ou lagartas

As taturanas ou lagartas que podem causar acidentes são formas larvais de mariposas que possuem cerdas pontiagudas contendo as glândulas do veneno. É comum o acidente ocorrer quando a pessoa encosta a mão nas árvores onde habitam as lagartas.

O acidente é relativamente benigno na grande maioria dos casos. O contato leva a dor em queimação local, com inchaço e vermelhidão discretos. Somente o gênero Lonomia pode causar envenenamento com hemorragias à distância e complicações como insuficiência renal.

Soros

Os soros antipeçonhentos são produzidos no Brasil pelo Instituto Butantan (São Paulo),Fundação Ezequiel Dias (Minas Gerais) e Instituto Vital Brazil (Rio de Janeiro). Toda a produção é comprada pelo Ministério da Saúde que distribui para todo o país, por meio dasSecretarias de Estado de Saúde. Assim, o soro está disponível em serviços de saúde e é oferecido gratuitamente aos acidentados.

domingo, 20 de novembro de 2011

MOUNTAINBIKE | COMO VOCÊ NUNCA VIU

Brasil instalará laboratório autônomo na Antártica



Criosfera 1
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) está em fase final de preparação de um laboratório único, que será levado para o interior da Antártica.
Batizado de Criosfera 1, o módulo em forma de contêiner será um laboratório completo, isolado termicamente e capaz de funcionar de forma autônoma no ambiente inóspito da Antártica.
Ele será o primeiro laboratório desse tipo instalado no interior antártico, capaz de funcionar 24 horas por dia, sem a necessidade de técnicos acompanhando as operações.
Os dados coletados serão enviados para os cientistas no Brasil, via satélite.
Laboratório sustentável
Dotado de painéis solares e geradores eólicos, o Criosfera 1 é catalogado como sustentável por não utilizar combustível fóssil para seu funcionamento.
O Criosfera 1 irá coletar dados meteorológicos, como velocidade dos ventos e temperatura, e realizar medições da composição química da atmosfera da região.
Durante o primeiro ano de funcionamento do módulo, os cientistas brasileiros vão investigar as consequências climáticas da redução da camada de ozônio sobre o Pólo Sul e o transporte atmosférico de poluentes para o ar da região.
Os resultados obtidos pelo Criosfera irão se somar às pesquisas realizadas na estação antártica brasileira Comandante Ferraz, localizada a 62° de latitude sul, na borda do continente.
Quase no Pólo Sul
A instalação dos sistemas de energia e equipamentos, um trabalho que será concluído até o final de setembro, está sendo feito em São José dos Campos (SP).
"Estes equipamentos estão sendo desenvolvidos, integrados e testados aqui no INPE. Também faremos a adaptação dos sistemas para facilitar a logística na instalação do módulo no continente antártico e outros serviços para favorecer o trabalho e a convivência dos pesquisadores no período que irão permanecer no local", explica Marcelo Sampaio, pesquisador do INPE que acompanhará a instalação do módulo na Antártica, prevista para dezembro.
A seguir, o Criosfera 1 seguirá para Porto Alegre, de onde iniciará a viagem para a latitude 85°S, a cerca de 500 quilômetros do Pólo Sul geográfico.

NASA anuncia descoberta de Grandes Lagos em lua de Júpiter



Grandes Lagos em Europa
Analisando dados da sonda espacial Galileo, da NASA, cientistas acreditam ter encontrado fortes indícios daquilo que parece ser água líquida em Europa, uma das luas de Júpiter.
O "corpo de água em estado líquido" tem o mesmo volume dos Grandes Lagos, localizados na fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá, que têm uma superfície de 244.000 quilômetros quadrados (km2) - o lago da represa de Itaipu tem 1.350 km2 .
Usando informações do estudo das camadas de gelo da Terra, os cientistas sugerem que há "uma troca" entre a camada de gelo de Europa e essa porção de água líquida.
Segundo a NASA, "esta informação reforça os argumentos de que o oceano global abaixo da superfície de Europa representa um habitat potencial para a vida em outro ponto do nosso Sistema Solar."
Oceano submerso
A sonda espacial Galileo foi lançada em 1989, a bordo do ônibus espacial Atlantis. Em 2003, terminada sua missão, ela se chocou de forma planejada contra Júpiter.
Um dos resultados mais significativos da missão foi a inferência de um oceano salgado abaixo da superfície, cobrindo toda a lua - algo como 160 km de profundidade, com uma cobertura entre 10 e 30 km de gelo. Se aqueles cálculos estiverem corretos, há mais água em Europa do que em todos os oceanos da Terra.
Entretanto, dada sua distância do Sol, a superfície do oceano seria completamente congelada - os cientistas falam em uma camada de gelo com dezenas de quilômetros de espessura.
Isso desanimou os cientistas que buscam sinais de vida fora da Terra.
Mas se os novos cálculos estiverem corretos, um corpo de água em estado líquido coloca Europa novamente na agenda dos astrobiólogos, ainda que os lagos estejam a cerca de três quilômetros de profundidade, abaixo da camada de gelo.
NASA anuncia descoberta de Grandes Lagos em lua de Júpiter
A melhor explicação para as estranhas formações na superfície da Lua são estruturas de gelo. [Imagem: NASA/Ted Stryk]
Coincidências para a vida
"Entretanto, cientistas ao redor do mundo vão querer dar uma olhada de perto nesta análise e revisar os dados antes que possamos avaliar completamente as implicações desses resultados," afirmou Mary Voytek, diretora do programa de astrobiologia da NASA.
De fato, as conclusões deste novo estudo são altamente especulativas porque se baseiam na inferência anterior de que existiria um oceano abaixo da camada de gelo de Europa.
Não existe nenhuma comprovação deste oceano, o que deverá ser objeto de uma futura missão, eventualmente com uma sonda para perfurar o gelo.
Os pesquisadores identificaram duas saliências ligeiramente circulares sobre a superfície de Europa, chamada de terrenos caóticos.
Baseando-se em processos similares observados na Terra - em plataformas de gelo e sob as geleiras sobre áreas vulcânicas - eles desenvolveram um modelo de quatro etapas para explicar como esse terreno poderia ter-se formado.
O modelo resolve várias observações conflitantes - algumas sugerem que a camada de oceano é fina, outras sugerem que a camada é grossa.
O modelo propõe que as características caóticas na superfície de Europa podem ser formadas por mecanismos que envolvem uma inter-relação íntima entre a camada de gelo e a água de subsuperfície.
Isso criaria um mecanismo para transferir energia - e eventualmente nutrientes - entre a superfície e o presumido oceano abaixo - o que por sua vez aumenta o potencial para a existência de formas de vida na lua.
Bibliografia:

Active formation of ‘chaos terrain’ over shallow subsurface water on Europa
B. E. Schmidt, D. D. Blankenship, G. W. Patterson, P. M. Schenk
Nature
16 November 2011
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/nature10608

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Bicicletas inteligentes terão sistema regenerativo


Pesquisadores do MIT, nos Estados Unidos, estão adaptando para as bicicletas o sistema regenerativo já utilizado nos carros de Fórmula 1 e nos veículos híbridos e elétricos.






Sistema regenerativo para bicicletas


O sistema regenerativo captura a energia criada durante as frenagens, liberando-a quando os veículos precisam acelerar, economizando combustível e aumentando o rendimento.


Agora as bicicletas poderão contar com o mesmo sistema. A energia cinética dos freios é transformada em energia elétrica, que aciona um motor elétrico auxiliar nos momentos de maior esforço do ciclista.


O sistema todo, incluindo as baterias onde a energia é armazenada, fica num invólucro localizado no cubo da roda traseira. Esse projeto compacto permitirá que o equipamento seja utilizado em virtualmente qualquer bicicleta, mesmo naquelas fabricadas antes da criação do "cubo inteligente."


Identificação eletrônica de bicicletas


O equipamento regenerativo para bicicletas foi desenvolvido dentro de um projeto de pesquisa que está transformando a vida dos ciclistas na cidade de Copenhague, na Dinamarca. Cada bicicleta receberá uma etiqueta eletrônica de identificação que permitirá seu rastreamento e monitoramento dos locais e distâncias percorridas.


O lado mais interessante do projeto é a interação entre os ciclistas que o novo sistema permitirá. O sistema central de controle e rastreamento das etiquetas eletrônicas permitirá que cada ciclista localize todos os outros com os quais ele cruzou durante o dia ou aqueles que fazem o mesmo trajeto.


Eu cruzei seu caminho


"Nós desenvolvemos uma aplicação no Facebook, chamada 'Eu cruzei seu caminho', que cria uma rede social para os ciclistas, permitindo que eles se conectem com pessoas com as quais pedalaram juntos durante o dia, potencialmente estabelecendo novas conexões," diz a pesquisadora Christine Outram, que coordena o projeto.


Além de monitorar as distâncias percorridas, o sistema de etiquetas inteligentes dará a cada ciclista um crédito, em um mecanismo parecido com os sistemas de milhagem utilizados pelas companhias aéreas. Ao acumular um determinado número de pontos o ciclista fará jus a um ano de cereais matinais de graça.


Impacto ambiental das ações individuais


"O simples ato de compartilhar essa informação e mostrar aos indivíduos o impacto ambiental de suas ações pode ser muito forte. Pesquisas têm mostrado que as alterações comportamentais são uma das mais poderosas forças para lidar com as mudanças climáticas e reduzir as emissões de carbono," afirma a pesquisadora.


Em última instância, o monitoramento preciso das atividades urbanas poderá permitir às cidades entrar em esquemas de comercialização de cotas de carbono. As cidades poderão obter fundos para ações sustentáveis em troca de seus esforços para diminuir as emissões de carbono.


O impacto poderá ser considerável porque as cidades abrigam cerca de metade da população mundial, mas são responsáveis por uma fatia bem maior da emissão total de carbono causada pelo homem.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Suécia tem cidade sem lixo


  
  Em Borás, na Suécia, a maior parte dos resíduos sólidos gerados pela população de cerca de 64 mil habitantes é reciclada, tratada biologicamente ou transformada em energia (biogás), que abastece a maioria das casas, estabelecimentos comerciais e a frota de 59 ônibus que integram o sistema de transporte público da cidade. Em função disso, o descarte de lixo no município sueco é quase nulo, e seu sistema de produção de biogás se tornou um dos mais avançados da Europa.
"Produzimos 3 milhões de metros cúbicos de biogás a partir de resíduos sólidos. Para atender à demanda por energia, pesquisamos resíduos que possam ser incinerados e importamos lixo de outros países para alimentar o gaseificador", disse o professor de biotecnologia da Universidade de Borás, Mohammad Taherzadeh.
  Taherzadeh falou durante o encontro acadêmico internacional Resíduos sólidos urbanos e seus impactos socioambientais, realizado em São Paulo. Promovido pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Universidade de Borás, o evento reuniu pesquisadores das duas universidades e especialistas na área para discutir desafios e soluções para a gestão dos resíduos sólidos urbanos, com destaque para a experiência da cidade sueca nesse sentido.
Gestão de resíduos sólidos
  De acordo com Taherzadeh, o modelo de gestão de resíduos sólidos adotado pela cidade, que integra comunidade, governo, universidade e instituições de pesquisa, começou a ser implementado a partir de meados de 1995 e ganhou maior impulso em 2002 com o estabelecimento de uma legislação que baniu a existência de aterros sanitários nos países da União Europeia. Para atender à legislação, a cidade implantou um sistema de coleta seletiva de lixo em que os moradores separam os resíduos em diferentes categorias e os descartam em coletores espalhados em diversos pontos na cidade. Dos pontos de coleta, os resíduos seguem para uma usina onde são separados por um processo óptico e encaminhados para reciclagem, compostagem ou incineração.
"Começamos o projeto em escala pequena, que talvez possa ser replicada em regiões metropolitanas como a de São Paulo. Outras metrópoles mundiais, como Berlim e Estocolmo, obtiveram sucesso na eliminação de aterros sanitários. O Brasil poderia aprender com a experiência europeia para desenvolver seu próprio modelo de gestão de resíduos", afirmou Taherzadeh.
Plano de Gestão de Resíduos Sólidos brasileiro
  Em dezembro de 2010, foi regulamentado o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos brasileiro, que estabelece a meta de erradicar os aterros sanitários no país até 2015 e tipifica a gestão inadequada de resíduos sólidos como crime ambiental. Com a promulgação da lei, os especialistas presentes no evento esperam que o Brasil dê um salto em questões como a compostagem e a coleta seletiva do lixo, ainda muito incipiente no país.
"Lei do lixo" prevê logística reversa e cuidados com lixo eletrônico
De acordo com a última Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 18% dos 5.565 municípios brasileiros têm programas de coleta seletiva de lixo. Mas não se sabe exatamente o percentual da coleta seletiva de lixo em cada um desses municípios.
"Acredito que a coleta seletiva de lixo nesses municípios não atinja 3% porque, em muitos casos, são programas pontuais realizados em escolas ou pontos de entrega voluntária, que não funcionam efetivamente e que são interrompidos quando há mudanças no governo municipal", avaliou Gina Rizpah Besen, que defendeu uma tese de doutorado sobre esse tema na Faculdade de Saúde Publica da USP em fevereiro.
Coleta seletiva e reciclagem
   Na região metropolitana de São Paulo, que é responsável por mais de 50% do total de resíduos sólidos gerados no estado e por quase 10% do lixo produzido no país, estima-se que o percentual de coleta seletiva e reciclagem do lixo seja de apenas 1,1%.
"É um absurdo que a cidade mais importante e rica do Brasil tenha um percentual de coleta seletiva de lixo e reciclagem tão ínfimo. Isso se deve a um modelo de gestão baseado na ideia de tratar os resíduos como mercadoria, como um campo de produção de negócios, em que o mais importante é que as empresas que trabalham com lixo ganhem dinheiro. Se tiver reciclagem, terá menos lixo e menor será o lucro das empresas", disse Raquel Rolnik, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP. Nesse sentido, para Raquel, que é relatora da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre direitos humanos de moradia adequada, a questão do tratamento dos resíduos sólidos urbanos no Brasil não é de natureza tecnológica ou financeira, mas uma questão de opção política.
"Nós teríamos, claramente, condições de realizar a reciclagem e reaproveitamento do lixo, mas não estamos fazendo isso por incapacidade técnica ou de gestão e sim por uma opção política que prefere tratar o lixo como uma fonte de negócios", afirmou.
Produtos verdes
   A pesquisadora também chamou a atenção para o fato de que, apesar de estar claro que não será possível viver, em escala global, com uma quantidade de produtos tão gigantesca como a que a humanidade está consumindo atualmente, as políticas de gestão de resíduos sólidos no Brasil não tratam da redução do consumo.
"O modelo de redução da pobreza adotado pelo Brasil hoje é por meio da expansão da capacidade de consumo, ou seja: integrar a população ao mercado para que elas possam cada vez mais comprar objetos. E como esses objetos serão tratados depois de descartados não é visto como um problema, mas como um campo de geração de negócios", disse.
Na avaliação de Raquel, os chamados produtos verdes ou reciclados, que surgiram como alternativas à redução da produção de resíduos, agravaram a situação na medida que se tornaram novas categorias de produtos que se somam às outras. "São mais produtos para ir para o lixo", disse.
Gaseificadores
   Uma das alternativas tecnológicas para diminuir o volume de resíduos sólidos urbanos apresentada pelos participantes do evento foi a incineração em gaseificadores para transformá-los em energia, como é feito em Borás. No Brasil, a tecnologia sofre resistência porque as primeiras plantas de incineração instaladas em estados como de São Paulo apresentaram problemas, entre os quais a produção de compostos perigosos como as dioxinas, além de gases de efeito estufa. Entretanto, de acordo com José Goldemberg, professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP, grande parte desses problemas técnicos já foi resolvida.
"Até então, não se sabia tratar e manipular o material orgânico dos resíduos sólidos para transformá-lo em combustível fóssil. Mas, hoje, essa tecnologia já está bem desenvolvida e poderia ser utilizada para transformar a matéria orgânica do lixo brasileiro, que é maior do que em outros países, em energia renovável e alternativa ao petróleo", destacou.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Papel solar: células solares são impressas em papel



Fabricar células solares diretamente em papel ou tecido, de um modo simples e rápido. Este é o objetivo de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos.
Eles já construíram diversos protótipos funcionais, com alguns mantendo o funcionamento depois de diversos meses e muitas dobraduras.


Impressão de circuitos eletrônicos


Há uma forte tendência no sentido de trazer os circuitos eletrônicos para mais próximo ao que as pessoas usam no dia-a-dia, o que inclui sobretudo papel e e tecido das roupas, mas também plásticos, sobretudo folhas flexíveis, que possam ser enroladas e dobradas.
Antenas capazes de capturar a energia do ar e até uma caneta capaz de desenhar circuitos eletrônicos foram demonstrados nos últimos dias. Células solares impressas por jato de tinta também já foram demonstradas experimentalmente por diversos grupos. Tudo isto está sendo possível graças ao desenvolvimento das chamadas tintas eletrônicas, que não são exatamente tintas, mas soluções de partículas capazes de desempenhar a função desejada.


Deposição de vapor


O trabalho do MIT é um pouco mais complexo do que a impressão jato de tinta ou laser, mas também está dando resultados mais robustos. O processo de impressão usa vapor - e não líquidos ou pó - em um processo que ocorre em temperaturas abaixo de 120 ºC - uma temperatura bastante amena em comparação com a fabricação de uma célula solar fotovoltaica tradicional, que emprega temperaturas elevadas e elementos corrosivos.
O rendimento das células solares impressas ainda é baixo - em torno de 1% - mas suficiente para alimentar pequenos aparelhos portáteis e sensores ambientais. [Imagem: Patrick Gillooly/MIT]
Nessas condições mais amenas, é possível empregar materiais como papéis não tratados, tecidos ou plástico como substratos para imprimir as células. São aplicadas cinco camadas de materiais, que são depositados sobre o papel em etapas sucessivas. Uma máscara, também feita de papel, é usada para formar os padrões das células solares. O processo ainda exige uma câmara a vácuo, para evitar a contaminação por poeira ou outras impurezas, o que diminuiria o rendimento das células solares.


Papel fotoelétrico


Terminada a "impressão", basta ligar os eletrodos e colocar o "papel fotoelétrico" sob a luz para que ele comece a gerar energia. Em uma das demonstrações, um avião de papel foi construído com a folha fotoelétrica e começou a gerar energia tão logo acabou de ser dobrado. Em outra, as células solares foram impressas sobre uma fina folha de plástico PET, que foi dobrada e desdobrada mil vezes, sem perder a funcionalidade.
O rendimento das células solares impressas ainda é baixo - em torno de 1% - mas suficiente para alimentar pequenos aparelhos portáteis e sensores ambientais. Os pesquisadores afirmam que estão trabalhando nesse quesito, ajustando os materiais aplicados na técnica de deposição por vapor para melhoria da eficiência.


"Nós demonstramos a robustez dessa tecnologia. Acreditamos que poderemos fabricar células solares em larga escala capazes de atingir desempenhos recordes em termos de watts por quilo [de material]," disse Vladimir Bulovic, um dos autores da pesquisa.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Fotos - Beleza dos índios


Boas definições de ecologia.




O termo "Ecologia" foi criado por Haeckel (1834-1919) em 1869, em seu libro "Generelle Morphologie des Organismen", para designar "o estudo das relações de um organismo com seu ambiente inorgânico ou orgânico, em particular o estudo das relações do tipo positivo ou amistoso e do tipo negativo (inimigos) com as plantas e animais com que aparece pela primeira vez em Pontes de Miranda, 1924, "Introdução à Política Científica". O conceito original evoluiu até o presente no sentido de designar uma ciência, parte da Biologia, e uma área específica do conhecimento humano que tratam do estudo das relações dos organismos uns com os outros e com todos os demais fatores naturais e sociais que compreendem seu ambiente.
"Em sentido literal, a Ecologia é a ciência ou o estudo dos organismos em sua casa, isto é, em seu meio... define-se como o estudo das relações dos organismos, ou grupos de organismos, com seu meio... Está em maior consonância com a conceituação moderna definir Ecologia como estudo da estrutura e da função da natureza, entendendo-se que o homem dela faz parte" (Odum, 1972).
"Deriva-se do grego oikos, que significa lugar onde se vive ou hábitat... Ecologia é a ciência que estuda dinâmica dos ecossistemas... é a disciplina que estuda os processos, interações e a dinâmica de todos os seres vivos com cada um dos demais, incluindo os aspectos econômicos, sociais, culturais e psicológicos peculiares ao homem...é um estudo interdisciplinar e interativo que deve, por sua própria natureza, sintetizar informação e conhecimento da maioria, senão de todos os demais campos do saber... Ecologia não é meio ambiente. Ecologia não é o lugar onde se vive. Ecologia não é um descontentamento emocional com os aspectos industriais e tecnológicos da sociedade moderna" (Wickersham et alii, 1975).

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Descubra como uma lata de spray é fabricada



Birth of a Spraycan from Montana Cans on Vimeo.

A fabricante alemã de latas de spray Montana Cans produziu um vídeo no qual é mostrado todo o processo necessário para criar o produto. A produção mostra desde os primeiros passos, incluindo a criação da fórmula utilizada até as latas finalizadas saindo da fábrica e prontas para serem consumidas.
O que mais impressiona nos vídeos são os detalhes, que incluem as máquinas responsáveis por despejar a tinta nas latas e por colocar os lacres de proteção. O processo é realizado dispensando totalmente a interferência humana, que só é requisitada na hora de ajustar os equipamentos utilizados.
Ao final do vídeo, um artista usa várias das latas produzidas para criar a imagem de um construtor em um momento de folga. O vídeo termina com uma mensagem da companhia afirmando que ela não se preocupa em ser a mais inovadora ou dispor de mais patentes, tendo como único foco a produção de tintas de qualidade.

AUSTRÍACO BATE RECORDE DE VELOCIDADE EM MOUNTAIN BIKE


Um novo recorde não-oficial de velocidade em uma mountain bike de série foi estabelecido pelo austríaco Markus Stöckl na descida de um vulcão na Nicarágua. O ciclista atingiu 164,95 km/h e derrubou a marca do francês Eric Barone que já durava nove anos. O antigo recordista acompanhou a o feito bem de perto, como organizador da façanha.
Nove anos atrás, Eric Barone da França bateu o recorde mundial de velocidade em mountain bikes de série, assim como o de bicicletas protótipo com diversas descidas no vulcão Cerro Negro, na Nicarágua. Porém, um acidente durante a frenagem logo após o acidente interrompeu sua carreira.

No início de 2011, o francês de 50 anos voltou à cena de seu grande triunfo e também do marcante acidente. Mas desta vez Barone, que ainda carrega seqüelas do acidente, não voltou como atleta, mas como o organizador da nova tentativa de recorde por Markus Stöckl, que chegou à Nicarágua como recordista mundial na neve. O austríaco é chamado de "Hércules" na comunidade de mountain bike devido aos seus 1,90 metro de altura e 103 kg de peso. Em seu recorde sobre a neve chegou a 210,4 km/h no Chile, em 2007.

Da borda da cratera até a basea do ainda ativo Cerro Negro, foram 550 metros de declive sobre cascalho. "A superfície é como andar sobre ondulações de areia em uma praia com 45 graus de inclinação. Só quando você atinge altas velocidades passa a ser possível correr com certa estabilidade", disse Stöckl, que quebrou o recorde em sua primeira tentativa. O austríaco foi cronometrado em 164,95 kmh - apenas 1 km/h mais rápido do que Barone, que foi o primeiro parabenizá-lo na chegada. "Andar tão rápido em condições como esta é realmente o limite", disse o antigo recordista.
Markus "Hércules" Stöckl viaja pelo mundo como organizador de eventos e lidera a "Evil MS Racing Team". O ciclista quer registrar o recorde mundial com protótipo, o que deve ser realizado em outro local.

Arquitetura verde: Jardins suspensos urbanos



Rua vertical


Seu nome é Jardins de Cristal (Crystal Gardens), uma referência direta à interessante combinação de vidro e verde.Mas os seus criadores, da CK Designworks, em Melbourne, na Austrália, afirmam ser uma rua vertical. A cada seis andares do edifício de 35 andares, que será construído lá mesmo em Melbourne, haverá jardins com dimensões suficientes para o cultivo de árvores de até 10 metros de altura.
Mas não é só isso: todo o edifício estará apresentando as últimas novidades em tecnologia verde.


Coleta de água da chuva


Embora jardins nos telhados e varandas paisagísticas não sejam exatamente uma novidade, o arquiteto Robert Caulfield diz que esta é a primeira vez que cinco jardins comuns serão construídos no mesmo edifício.
Para conseguir essa façanha, os jardins de 120 metros quadrados de área de 10 metros de altura cada um serão contidos em caixas, apoiadas em suportes estruturais para sustentar o peso do solo e das árvores.
O edifício usará ainda vidros capazes de refletir o calor e iluminação alimentada por energia solar.
Como o terreno tem apenas 360 metros quadrados, as paredes externas do prédio - mais de 8.000 metros quadrados - serão usadas para capturar a água da chuva.


"Isso é raro", diz Caulfield. Normalmente, os ventos fortes "golpeiam a chuva para fora do edifício".


Para evitar isso, serão usadas varandas triangulares e uma fachada irregular para reduzir o movimento lateral do vento, minimizando a fuga da água. O sistema de coleta de água será integrado à rede de abastecimento do edifício, sendo utilizada para a rega dos jardins e nos banheiros.


Aquecimento e refrigeração


Os sistemas de aquecimento e refrigeração também foram projetados em torno dos jardins. Os edifícios convencionais ou usam aparelhos individuais de ar-condicionado, ou longos tubos que bombeiam água quente ou fria ao longo de todo o edifício.


"Nós usamos uma versão híbrida," disse Caulfield. Um sistema de refrigeração instalado em cada jardim irá bombear a água para apenas seis andares, três acima e três abaixo. "Os tubos curtos minimizam a perda de aquecimento ou de arrefecimento", diz ele. O prédio, que abrigará lojas, escritórios e 154 apartamentos, deverá estar pronto até 2014. Caulfield contou que seu próximo projeto será a construção de fábricas verticais em Nanjing, na China.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Tenda inflável vira concreto quando regada






Tenda que endurece


Dois engenheiros britânicos inventaram uma tenda que, ao ser regada com água, se transforma em um abrigo de concreto. A invenção de Peter Brewin e Will Crawford ganhou diversos prêmios e já está sendo usada em países em desenvolvimento, como na Etiópia. A tenda produzida pelos engenheiros é inflável. Do lado de dentro, há um revestimento de plástico, e por fora ela é feita com o tecido especial, que contém concreto.
Uma vez inflada, a tenda é presa ao chão com pregos de metal. Em seguida, ela é regada com água, que não precisa necessariamente ser potável ou doce.
Em 24 horas, o tecido de concreto endurece e a tenda está pronta para ser usada.


Abrigo permanente


Os engenheiros estimam que com uma hora de trabalho duas pessoas conseguem erguer uma tenda que ocupa 54 metros quadrados. Como nos prédios convencionais, a tenda pode ser perfurada e receber fiação, tomadas e luzes no teto. Eles dizem que as tendas são alternativas viáveis para campos de refugiados, já que os abrigos podem durar décadas, são a prova de fogo, podem ser fechados com portas e não atingem grandes temperaturas sob o sol.


Preço de casa


Atualmente o maior problema da invenção é o seu alto custo. Cada tenda custa US$ 16 mil (mais de R$ 25 mil). Brewin admite que o preço é alto, sobretudo para entidades que trabalham em países pobres e possuem recursos limitados. O engenheiro diz que o problema do custo pode ser resolvido se houver maior demanda no futuro.


"Se nós estivéssemos produzindo em escala, nós poderíamos cortar substancialmente uma parte do custo. Mas para atrair esse tipo de pedidos, nós teríamos que já ter um preço mais barato agora", diz Brewin.


"Se você a compara com uma tenda comum, ela é mais cara e mais pesada. Se você a compara a um prédio permanente, ela é mais leve e mais rápida [de ser construída]."


A novidade já foi testada na Etiópia, para auxiliar em projetos de agricultura. Os engenheiros estão atualmente trabalhando com entidades no Japão, para ajudar no processo de reconstrução das áreas atingidas pelo tsunami em março deste ano.

Tecnologia permite que alpinista cego veja montanhas com a língua






Sabor visual


  Três décadas depois de ter perdido a visão, o americano Erik Weihenmayer é capaz de praticar esportes radicais e escalar montanhas.
  Com a ajuda de um aparelho chamado BrainPort, ele consegue perceber o ambiente ao seu redor através de sua língua. Erik usa óculos com câmeras, que enviam imagens a um computador preso à cintura. O computador traduz as imagens em uma foto de baixa resolução do ambiente. Esta imagem, então, é enviada a uma das partes mais sensíveis do corpo de Erik: sua língua.


Estimuladores elétricos


  Em um dispositivo que ele coloca na boca, centenas de minúsculos estimuladores elétricos tentam traduzir em pequenos choques as imagens que mais se destacam perante a câmera. O alpinista conta que os estímulos criam linhas, formas e, por fim, imagens que são reinterpretadas pelo seu cérebro.
 O dispositivo lhe dá um sendo de espaço e, com a ajuda de uma segunda pessoa, permite que ele possa praticar o alpinismo.