sexta-feira, 11 de março de 2011

Projeto inovador divide motor de carro em dois

Quer ter um carro mais "verde", que aproveite melhor a energia contida no combustível e emita menos gases poluentes?
Basta dividir o motor em dois. 
Esta é a proposta de Oded Tour, que está desenvolvendo o já devidamente batizado Tour Engine(motor de Tour), na Califórnia, Estados Unidos.



Projeto inovador divide motor de carro em dois


O projeto do motor de Tour divide o motor em duas metades conectadas por uma válvula - uma metade trabalha fria e a outra quente. [Imagem: Tourengine]

Fases conflitantes
Um motor de combustão interna convencional, como o que equipa carros e motos, converte no máximo 30 por cento da energia disponível no combustível em movimento. Isso porque seu projeto inclui uma eterna luta entre duas fases do seu ciclo: a compressão e a combustão. Quando o ar e o combustível entram no motor, eles são comprimidos. Para que isso funcione bem, a câmara de combustão precisa estar fria. 
Em um motor convencional, isto significa que o radiador constantemente extrai energia para resfriar o cilindro, reduzindo a quantidade de energia disponível para empurrar o cilindro e mover o carro.

"Estamos pedindo aos motores convencionais para executarem uma tarefa impossível," explica Tour. "Nós queremos que eles sejam máquinas eficientes, mas lhes pedimos para fazer duas coisas contraditórias."

Motor siamês
O projeto do motor de Tour divide o motor em duas metades conectadas por uma válvula - uma metade trabalha fria e a outra quente.
A metade fria do motor tem um cilindro que abriga as fases de admissão e compressão do ciclo, enquanto a metade quente realiza as fases de combustão e escape - completando os chamados quatro tempos do motor.
Segundo Tour, essa separação permite que os cilindros tenham dimensões mais adequadas às suas tarefas muito diferentes.
Em projeto inovador, motor de carro é dividido em dois
A metade fria do motor tem um cilindro que abriga as fases de admissão e compressão do ciclo, enquanto a metade quente realiza as fases de combustão e escape. [Imagem: Tour Engine]
Para garantir que o ar seja comprimido de forma eficiente, o cilindro em um motor convencional é menor do que é desejável para o estágio de combustão.
Isto significa que a mistura ar-combustível que queima não tem espaço suficiente para se expandir totalmente, de forma que uma quantidade substancial de energia é simplesmente perdida na forma de calor através do tubo de escapamento.
"Nos motores convencionais você perde cerca de 40 por cento da energia disponível para o sistema de arrefecimento, e cerca de 30 por cento pelo escapamento," diz Tour.
Carros mais verdes
Já tendo construído um primeiro protótipo para demonstrar a viabilidade mecânica do motor, a empresa emergente está agora construindo um segundo protótipo, no qual a câmara de combustão terá o dobro do tamanho da câmara de compressão.
Isto irá aumentar a eficiência do motor em 20 por cento, em comparação com modelos convencionais, garante Tour.
Em última análise, porém, a tecnologia pode aumentar a eficiência dos motores em 50 por cento e reduzir as emissões de dióxido de carbono em um terço, diz ele.
SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Projeto inovador divide motor de carro em dois. 10/03/2011. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=motor-carro-dividido-em-dois. Capturado em 11/03/2011

Memória Celular

Achei interessante a notícia da BBC Brasil sobre esse assunto:






Americano se mata após receber coração de suicida


Um americano que havia recebido o coração de um suicida em um transplante, há 13 anos, se matou da mesma forma que seu doador, afirma uma reportagem do jornal americano Beaufort Gazette.
Segundo o jornal, Sonny Graham sofria de insuficiência cardíaca congestiva quando recebeu, em 1995, o coração de Terry Cottle, que havia se matado com um tiro na cabeça. Depois de um ano com o novo órgão, ele procurou a família de Cottle para agradecer pelo órgão e acabou se envolvendo e casando com a viúva de seu doador, Cheryl Cottle, em 2004. O jornal cita fontes da polícia e afirma que, na semana passada, Sonny Graham, que morava no Estado americano da Geórgia com a esposa e tinha 69 anos, se matou com um tiro na garganta na garagem da residência do casal.
De acordo com um amigo de Graham, cerca de 300 pesssoas compareceram ao funeral, realizado na sexta-feira na cidade de Viladia, na Geórgia. Segundo os amigos do casal, Graham não aparentava estar deprimido.


Herança


O fenômeno da herança de traços da personalidade do doador em transplantados já foi estudado por cientistas. Em 2002, a revista científica Journal of Near-Death Studies publicou uma pesquisa extensiva realizada pelo neuroimunologista Paul Pearsall sobre o assunto.
Pearsall havia entrevistado cerca de 150 receptores que haviam passado por transplantes de coração ou de pulmão e afirmou que as células vivas do tecido do órgão transplantado tinham a capacidade de memória.
A teoria, conhecida como “memória celular“, foi tema de um livro escrito por Pearsall e inspirou ainda outra publicação – ‘A Voz do Coração’, da professora de dança Claire Sylvia. Ela, que havia sido entrevistada por Pearsall, descreve sua experiência depois que recebeu o coração de um jovem em um transplante. Sylvia, que nunca havia bebido cerveja, acordou da cirurgia pedindo pela bebida – a preferida de seu doador. Apesar das pesquisas sobre a herança da personalidade dos doadores, vários especialistas em transplantes afirmam que ainda há pouca prova científica sobre esta relação.